Neste texto vamos tecer algumas considerações acerca do chamado sangramento gastrointestinal alto, originário do esôfago, estômago ou porção inicial do intestino delgado (duodeno). Trata-se de condição bastante frequente, com taxas de morbidade e mortalidade significativas, com grande impacto nos custos ao sistema de saúde.
Habitualmente se manifesta na forma de vômitos com sangue vivo (hematêmese) ou escurecido e/ou fezes enegrecidas (melena).
Algumas das principais causas da chamada hemorragia digestiva alta estão listadas abaixo, em ordem decrescente de incidência:
• Úlceras gástricas e duodenais
• Gastrites e duodenites erosivas acentuadas
• Esofagites erosivas ou ulceradas
• Varizes esofagogástricas
• Gastropatia da hipertensão porta
• Lesões vasculares
• Mallory-Weiss
• Pólipos e tumores
Há outras causas mais raras e, cabe ressaltar que em 10 a 15% dos casos NENHUMA LESÃO É INICIALMENTE IDENTIFICADA.
Os principais fatores de risco para úlceras hemorrágicas são: infecção pelo H. pylori, uso de antiinflamatórios, excesso de acidez gástrica, stress fisiológico.
Em relação às esofagites, citamos a doença do refluxo gastroesofagiano (DRGE) e o uso de determinados medicamentos. Gastrites e duodenites agudas frequentemente são decorrentes de fatores que agridem a mucosa destes segmentos, externos ou internos.
As varizes esofagogástricas e a gastropatia da hipertensão porta, via de regra, estão presentes em pacientes portadores de cirrose hepática, em suas várias causas.
As demais causas, ainda que importantes, são menos frequentes. É importante frisar o papel da Endoscopia Digestiva Alta no diagnóstico e, na maioria das vezes, no tratamento das lesões hemorrágicas, diminuindo a morbimortalidade dos pacientes, bem como evitando tratamentos mais invasivos e arriscados, como cirurgias de grande porte.
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Até breve!