Endoscopia e doença celíaca

A doença celíaca é uma afecção do intestino delgado, com características fisiopatológicas específicas, que ocorre em virtude da exposição ao glúten presente na dieta, apresentando melhora após a interrupção da ingestão do mesmo.

E o que é o glúten? Acredito que muitas pessoas que falam do glúten, uma vez que a restrição do mesmo está “na moda”, não sabe realmente do que que se trata. Trata-se de uma proteína presente no trigo, na cevada, no centeio, na aveia, malte e painço, e em todos os seus derivados, como farinha, farelos, germe etc. Importante ressaltar que glúten não é, por princípio, um “veneno”.

É fundamental o diagnóstico diferencial com outra entidade, chamada de sensibilidade ao glúten não celíaca. Esta é absolutamente diferente da doença celíaca, no que se refere à patogênese, evolução e potencial de complicações, ainda que possa haver superposição de alguns sinais e sintomas.

Além da sensibilidade não celíaca, é fundamental diferenciar a doença celíaca de algumas afecções, dentre elas a síndrome do intestino irritável, supercrescimento bacteriano, intolerância a lactose, pancreatite crônica, colite microscópica e doença inflamatória intestinal.

A endoscopia digestiva alta com biópsias duodenais se destina a estabelecer o diagnóstico em pacientes com suspeita de doença celíaca.

Cuidado com os modismos. Antes de retirar os alimentos que contenham glúten de sua dieta, procure seu médico e também se informe com um nutricionista.

Cuide-se. Até breve!

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